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Transtorno

Transtorno alimentar restritivo evitativo: entenda

Virtude Saúde
8/8/2024
5
minutos de leitura

Os transtornos alimentares são condições complexas que afetam não apenas a relação de uma pessoa com a comida, mas também sua saúde física e mental. Entre esses transtornos, o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) é um distúrbio menos conhecido, mas que pode ter um impacto significativo na vida de quem o enfrenta. 

Neste artigo, vamos explorar o que é o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo, identificar seus principais sintomas, explicar como é feito o diagnóstico e discutir os possíveis tratamentos. 

Boa leitura! 

O que é o transtorno alimentar restritivo evitativo?

O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE), também conhecido como ARFID (Avoidant/Restrictive Food Intake Disorder), é uma condição caracterizada pela evitação ou restrição significativa da ingestão de alimentos. 

Ao contrário de outros transtornos alimentares, como a anorexia nervosa, o TARE não está necessariamente relacionado ao medo de ganhar peso ou à insatisfação com a imagem corporal. Em vez disso, pessoas com TARE podem evitar alimentos devido a uma aversão a certas características sensoriais dos alimentos (como textura, cor ou cheiro), medo de engasgar e vomitar, ou falta de interesse geral em comer.

O transtorno é mais comum em crianças e adolescentes, mas também pode afetar adultos. O TARE pode levar a deficiências nutricionais graves, perda de peso significativa e dificuldades no desenvolvimento, especialmente em crianças. 

É uma condição que pode impactar não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e social, uma vez que as refeições são uma parte importante da vida cotidiana e da interação social.

Sintomas do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo

Os sintomas do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo variam de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:

  • Evitação de certos alimentos: Pessoas com TARE podem evitar alimentos com base em sua textura, cor, cheiro ou outros fatores sensoriais. Isso pode levar a uma dieta extremamente limitada.
  • Restrição da quantidade de alimentos ingeridos: Além de evitar certos alimentos, pode haver uma restrição significativa na quantidade de alimentos que a pessoa consome.
  • Medo de comer: Alguns indivíduos podem desenvolver medo de comer devido a experiências passadas de engasgar, vomitar ou outras reações negativas associadas à ingestão de alimentos.
  • Falta de interesse em alimentos: Em alguns casos, a pessoa simplesmente não sente interesse ou prazer em comer, resultando em uma alimentação insuficiente.
  • Perda de peso significativa: A restrição alimentar pode levar a uma perda de peso rápida e acentuada, especialmente se a dieta da pessoa se tornar extremamente limitada.
  • Deficiências nutricionais: A dieta restritiva pode levar a deficiências de vitaminas e minerais essenciais, afetando o crescimento, desenvolvimento e saúde geral.
  • Impacto na vida social: O TARE pode causar dificuldades em situações sociais que envolvem comida, como refeições em família ou encontros com amigos, levando a isolamento e ansiedade social.

Como é feito o diagnóstico do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo?

O diagnóstico do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo é realizado por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou psicólogo, e envolve uma avaliação cuidadosa dos hábitos alimentares, histórico médico e comportamentos alimentares do paciente.

Os critérios diagnósticos incluem:

  • Evitação ou restrição alimentar significativa que leva a perda de peso, deficiências nutricionais ou dependência de suplementos nutricionais.
  • Impacto no funcionamento diário: A condição deve afetar significativamente a vida diária da pessoa, incluindo sua saúde física, emocional ou social.
  • Ausência de medo de ganhar peso: Ao contrário de outros transtornos alimentares, o TARE não está relacionado à preocupação com o peso ou forma corporal.

O diagnóstico pode envolver entrevistas com o paciente e seus familiares, questionários de triagem, e em alguns casos, exames físicos ou laboratoriais para avaliar deficiências nutricionais ou outros problemas de saúde relacionados.

Possíveis tratamentos para o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo

O tratamento do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, com a participação de profissionais de saúde mental, nutricionistas e médicos. As opções de tratamento incluem:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC é uma forma de psicoterapia eficaz no tratamento do TARE, ajudando os pacientes a mudar pensamentos e comportamentos negativos relacionados à alimentação.
  • Terapia de exposição: Esta técnica envolve a exposição gradual e controlada aos alimentos evitados, ajudando o paciente a superar o medo ou aversão a esses alimentos.
  • Educação nutricional: Trabalhar com um nutricionista pode ajudar a garantir que o paciente esteja recebendo os nutrientes necessários, mesmo que sua dieta seja restrita. Em alguns casos, suplementos nutricionais podem ser recomendados.
  • Terapia familiar: Para crianças e adolescentes, a terapia familiar pode ser uma parte importante do tratamento, ajudando os pais e cuidadores a apoiar o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.
  • Tratamento médico: Em casos graves, pode ser necessário tratamento médico para abordar deficiências nutricionais, perda de peso significativa ou outros problemas de saúde relacionados ao TARE.

O tratamento do TARE é altamente personalizado, dependendo das necessidades e circunstâncias individuais de cada paciente. Com o tratamento adequado, muitas pessoas podem aprender a gerenciar os sintomas e melhorar sua relação com a alimentação.

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